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A lenda do Café ou ''Qahwa''

  • Jéssica Luz Santos
  • 30 de set. de 2016
  • 9 min de leitura

Olá,

Desejei começar escrevendo de onde vem essa saborosa bebida que faz parte da minha vida dês de então.

O café como muitas histórias tem a sua ‘’lenda’’ também, é a lenda de KALDI, um pastor de cabras da Etiópia que se deu conta do efeito excitante da fruta em seus animais. Como muitas lendas por ai também existe tuas infinitas versões, umas delas apresenta um monge que, observando Kaldi e suas cabras, resolveu estudar os efeitos de fruto do café.

Também foi acrescentado à lenda um evento que simboliza a torrefação, desenvolvida apenas no século XIV. Nessa versão os monges achando a bebida muito amarga, resolveram jogar os frutos no fogo, e espantados, viram que surgiu um delicioso aroma dali. Depois de tostados os frutos foram colocados na água para esfriar e o líder instruiu os monges a beber o elixir ( preparo ou poção formado por um determinado ingrediente ativo). Imediatamente eles sentiram a energia e a clareza mental que Kaldi havia experimentado, e dali por diante, passaram a usar o café para manterem-se despertos durante as orações noturnas. Qual quer que seja a tua história verdadeira, o que se sabe é que o café foi preparado e consumido de maneiras diferentes daquelas que conhecemos hoje.

Bom, ao contrário do que acreditamos a palavra ‘’café’’ não é originária de Kaffa ( local de origem da planta) e sim da palavra árabe qahwa, que significa "vinho", devido à importância que a planta passou a ter para o mundo árabe. O café é originário das terras altas da Etiópia (possivelmente com culturas no Sudão e Quênia) e difundiu-se para o mundo através do Egito e da Europa.

A planta do café teve como origem as montanhas da Abissínia, atual Etiópia, no continente africano. Na Abissínia, o fruto era consumido por inteiro, ‘’in natural’’. Os grãos eram extraídos e macerados com banha, servindo de alimento para as tribos da região, principalmente durante suas viagens. Com a polpa que sobrava fermentada eles também produziam a famosa bebida alcoólica (nada mal em?) e suas folhas serviam para fazer chás.

De fato foram os árabes os responsáveis pelo domínio da técnica e do preparo do café, a planta chegou até eles por meio dos etíopes que ocuparam o Iêmen, no sudoeste da península Arábica durante o século VI. Á partir do século XIV iniciou-se a produção comercial do café, com pés plantados nos terraços e sua exportação a partir de Mocha (principal porto do lêmen).

Os árabes começaram a preparar o café como infusão depois de 1000 d.c , inicialmente usaram os grãos verdes deixando os de molho por um bom tempo na água fria. Depois passaram a usar água fervente, e no século XIV passaram a torrá-los e moê-los antes de colocá-los em água quente. Assim torrado o café tornou-se popular no mundo islâmico e nas áreas sob o seu domínio, como os Bálcãs, Espanha, Turquia, Índia e a África do norte.

Em 1450 foi um marco na história do café, foi nessa data que a bebida foi introduzida em Meca- cidade sagrada dos Mulçumanos. Os praticantes dessa religião foram responsável pelo surgimento daquele que era considerado o primeiro estabelecimento á servir café no mundo: o Kiva Ham, dedicado ao consumo da bebida aberto em Constantinopla, (atual Istambul) em 1475 (alguns datam sua abertura no ano 1555). Nesse e em outros espaços que surgiram depois, as pessoas ouviam músicas, jogavam xadrez e discutiam temas de interesse comum. Os primeiros estabelecimentos também eram conhecidos como escola da sabedoria, por serem frequentados por homens de cultura e de ciência.

O consumo excessivo da bebida, aliado ao seu poder de deixar as pessoas alertas, fez que o governo de Meca tentasse proibir a vendo do grão sob a alegação de que, por ser excitante, era também proibido pelo alcorão. Em 1511 os cafés de Meca são fechados. Ao saber disso o Sultão, bebedor usual de café, reverteu a proibição. Outros líderes políticos e religiosos denunciariam o café por todo o século XVI, mas seu consumo arraigou-se na cultura árabe.

A reputação do café fez que muitos viajantes, em seu retorno do Oriente, fizessem descrições elaboradas da bebida e da planta que a originava.

Tinha primeiramente como uma bebida exótica, como outros produtos raros (O chocolate, o açúcar e o chá), o café teve, em princípios, um papel medicinal e foi utilizado pelas classes mais abastadas por suas propriedades terapêuticas. Os grãos eram embarcados no porto Mocha e, uma vez descarregados em Veneza, eram distribuídos nas farmácias. Além de Constantinopla, cidades importantes como o Cairo, grande centro de consumo do Egito, já tinham seus café nas últimas décadas do século XVI, e são esses estabelecimentos que irão servir de modelo para os primeiros cafés europeus.

Foi na Itália que a maioria dos cafés famosos sobreviveu. Em Roma, há o café ‘’Greco’’ e o café ‘’Aragno’’, ainda em atividade. O café também desempenhou um papel importantíssimo na França e Inglaterra, embora seja difícil apontar uma data especifica para a abertura dos primeiros cafés da Europa ocidental.

Em Paris de 1720, registraram-se cerca de 380 cafés, o mais importante dele foi o ‘’Procope’’em 1688, em frente à Comédie Française, onde se reunião atores, dramaturgos e músicos.

No século seguinte, o café Procope atraiu notáveis como VOLTAIRE, DENIS DIDEROT E BENJAMIN FRANKLIN. A casa ainda funciona como restaurante, onde ainda se pode respirar a atmosfera mágica dos antigos cafés Europeus.

Compartilhei um pouco da história do café pelo mundo, agora contarei um pouco da chegada do café NO BRASIL!

Inicialmente a bebida era consumida pelos Europeus e produzida em suas colônias tropicais. A partir de 1900, as Américas começaram a ter um papel central tanto na produção quanto no consumo. Diz- se que Francisco de Melo Palheta foi quem trouxe o café para o ‘’Pará’’ em 1727 as primeiras plantas do café. Conta-se que durante a sua missão de averiguar problemas com a demarcação de fronteiras entre o Brasil e a Guiana Francesa Enamorou-se da esposa do governador de Caiena, que lhe entregou algumas sementes de café. Assim o oficial voltou com as sementes e com alguns pés de Coffea Arabica. Então coube Pahlheta a iniciativa de plantar sistematicamente o café em terras brasileiras, já que o solo era perfeito para se desenvolver.

Em 1731 registra-se a primeira exportação de café do Brasil para Lisboa, em 17060 chegam ao Rio de Janeiro, de onde a cultura irradia-se pelo país, as primeiras mudas de planta vindas do Belém. E assim o café foi expandindo-se para o interior do estado, até chegar em Minas Gerais pela zona da mata, no Rezende as plantações espalham-se pelo vale do Paraíba alcançando todo o pais. A partir de 1970 Minas assumi a liderança.

Vários fatores contribuíram para que o café deixasse de ser o principal produto na balança comercial do país. Entre eles, a disputa por melhores preços estimulada pelo aumento da produção mundial. Até o fim da década de 1980, o país praticamente não havia se preocupado com qualidade, pois a estratégia era exporta-lo em grandes volumes, desse modo, outros países produtores, como a Colômbia passou a oferecer um café melhor.

Uma nova história delineia-se a partir dos anos 1990, com a retomada do consumo doméstico e com a busca cada vez mais por excelência com investimento em cafés de qualidade.

Olá, desejei começar escrevendo de onde vem essa saborosa bebida que faz parte da minha vida dês de então.

O café como muitas histórias tem a sua ‘’lenda’’ também, é a lenda de KALDI, um pastor de cabras da Etiópia que se deu conta do efeito excitante da fruta em seus animais. Como muitas lendas por ai também existe tuas infinitas versões, umas delas apresenta um monge que, observando Kaldi e suas cabras, resolveu estudar os efeitos de fruto do café.

Também foi acrescentado à lenda um evento que simboliza a torrefação, desenvolvida apenas no século XIV. Nessa versão os monges achando a bebida muito amarga, resolveram jogar os frutos no fogo, e espantados, viram que surgiu um delicioso aroma dali. Depois de tostados os frutos foram colocados na água para esfriar e o líder instruiu os monges a beber o elixir ( preparo ou poção formado por um determinado ingrediente ativo). Imediatamente eles sentiram a energia e a clareza mental que Kaldi havia experimentado, e dali por diante, passaram a usar o café para manterem-se despertos durante as orações noturnas. Qual quer que seja a tua história verdadeira, o que se sabe é que o café foi preparado e consumido de maneiras diferentes daquelas que conhecemos hoje.

Bom, ao contrário do que acreditamos a palavra ‘’café’’ não é originária de Kaffa ( local de origem da planta) e sim da palavra árabe qahwa, que significa "vinho", devido à importância que a planta passou a ter para o mundo árabe. O café é originário das terras altas da Etiópia (possivelmente com culturas no Sudão e Quênia) e difundiu-se para o mundo através do Egito e da Europa.

A planta do café teve como origem as montanhas da Abissínia, atual Etiópia, no continente africano. Na Abissínia, o fruto era consumido por inteiro, ‘’in natural’’. Os grãos eram extraídos e macerados com banha, servindo de alimento para as tribos da região, principalmente durante suas viagens. Com a polpa que sobrava fermentada eles também produziam a famosa bebida alcoólica (nada mal em?) e suas folhas serviam para fazer chás.

De fato foram os árabes os responsáveis pelo domínio da técnica e do preparo do café, a planta chegou até eles por meio dos etíopes que ocuparam o Iêmen, no sudoeste da península Arábica durante o século VI. Á partir do século XIV iniciou-se a produção comercial do café, com pés plantados nos terraços e sua exportação a partir de Mocha (principal porto do lêmen).

Os árabes começaram a preparar o café como infusão depois de 1000 d.c , inicialmente usaram os grãos verdes deixando os de molho por um bom tempo na água fria. Depois passaram a usar água fervente, e no século XIV passaram a torrá-los e moê-los antes de colocá-los em água quente. Assim torrado o café tornou-se popular no mundo islâmico e nas áreas sob o seu domínio, como os Bálcãs, Espanha, Turquia, Índia e a África do norte.

Em 1450 foi um marco na história do café, foi nessa data que a bebida foi introduzida em Meca- cidade sagrada dos Mulçumanos. Os praticantes dessa religião foram responsável pelo surgimento daquele que era considerado o primeiro estabelecimento á servir café no mundo: o Kiva Ham, dedicado ao consumo da bebida aberto em Constantinopla, (atual Istambul) em 1475 (alguns datam sua abertura no ano 1555). Nesse e em outros espaços que surgiram depois, as pessoas ouviam músicas, jogavam xadrez e discutiam temas de interesse comum. Os primeiros estabelecimentos também eram conhecidos como escola da sabedoria, por serem frequentados por homens de cultura e de ciência.

O consumo excessivo da bebida, aliado ao seu poder de deixar as pessoas alertas, fez que o governo de Meca tentasse proibir a vendo do grão sob a alegação de que, por ser excitante, era também proibido pelo alcorão. Em 1511 os cafés de Meca são fechados. Ao saber disso o Sultão, bebedor usual de café, reverteu a proibição. Outros líderes políticos e religiosos denunciariam o café por todo o século XVI, mas seu consumo arraigou-se na cultura árabe.

A reputação do café fez que muitos viajantes, em seu retorno do Oriente, fizessem descrições elaboradas da bebida e da planta que a originava.

Tinha primeiramente como uma bebida exótica, como outros produtos raros (O chocolate, o açúcar e o chá), o café teve, em princípios, um papel medicinal e foi utilizado pelas classes mais abastadas por suas propriedades terapêuticas. Os grãos eram embarcados no porto Mocha e, uma vez descarregados em Veneza, eram distribuídos nas farmácias. Além de Constantinopla, cidades importantes como o Cairo, grande centro de consumo do Egito, já tinham seus café nas últimas décadas do século XVI, e são esses estabelecimentos que irão servir de modelo para os primeiros cafés europeus.

Foi na Itália que a maioria dos cafés famosos sobreviveu. Em Roma, há o café ‘’Greco’’ e o café ‘’Aragno’’, ainda em atividade. O café também desempenhou um papel importantíssimo na França e Inglaterra, embora seja difícil apontar uma data especifica para a abertura dos primeiros cafés da Europa ocidental.

Em Paris de 1720, registraram-se cerca de 380 cafés, o mais importante dele foi o ‘’Procope’’em 1688, em frente à Comédie Française, onde se reunião atores, dramaturgos e músicos.

No século seguinte, o café Procope atraiu notáveis como VOLTAIRE, DENIS DIDEROT E BENJAMIN FRANKLIN. A casa ainda funciona como restaurante, onde ainda se pode respirar a atmosfera mágica dos antigos cafés Europeus.

Compartilhei um pouco da história do café pelo mundo, agora contarei um pouco da chegada do café NO BRASIL!

Inicialmente a bebida era consumida pelos Europeus e produzida em suas colônias tropicais. A partir de 1900, as Américas começaram a ter um papel central tanto na produção quanto no consumo. Diz- se que Francisco de Melo Palheta foi quem trouxe o café para o ‘’Pará’’ em 1727 as primeiras plantas do café. Conta-se que durante a sua missão de averiguar problemas com a demarcação de fronteiras entre o Brasil e a Guiana Francesa Enamorou-se da esposa do governador de Caiena, que lhe entregou algumas sementes de café. Assim o oficial voltou com as sementes e com alguns pés de Coffea Arabica. Então coube Pahlheta a iniciativa de plantar sistematicamente o café em terras brasileiras, já que o solo era perfeito para se desenvolver.

Em 1731 registra-se a primeira exportação de café do Brasil para Lisboa, em 17060 chegam ao Rio de Janeiro, de onde a cultura irradia-se pelo país, as primeiras mudas de planta vindas do Belém. E assim o café foi expandindo-se para o interior do estado, até chegar em Minas Gerais pela zona da mata, no Rezende as plantações espalham-se pelo vale do Paraíba alcançando todo o pais. A partir de 1970 Minas assumi a liderança.

Vários fatores contribuíram para que o café deixasse de ser o principal produto na balança comercial do país. Entre eles, a disputa por melhores preços estimulada pelo aumento da produção mundial. Até o fim da década de 1980, o país praticamente não havia se preocupado com qualidade, pois a estratégia era exporta-lo em grandes volumes, desse modo, outros países produtores, como a Colômbia passou a oferecer um café melhor.

Uma nova história delineia-se a partir dos anos 1990, com a retomada do consumo doméstico e com a busca cada vez mais por excelência com investimento em cafés de qualidade.


 
 
 

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