''Há mulheres na cafeicultura brasileira e elas trabalham muito''
- Jéssica Luz Santos
- 19 de out. de 2016
- 3 min de leitura

Olá,
“O empoderamento feminino contribui para a melhoria de vida da família e da comunidade. Vamos continuar perseguindo o nosso sonho de um mundo de oportunidades iguais para homens e mulheres para que as famílias que vivem do café tenham vida sustentável. Afinal, onde tem café, tem sapato no pé’’
Iniciei este Post com a frase de ''Josiane Cotrim'', pois ela presa por IGUALDADE na área em que todos imaginam que a maioria seja homem de bota e chapéu. E apesar de voar muito por este mundo, Josiane é daquela mulher que está enraizada em seu valor e sabe muito bem conectar pessoas para a construção daquilo em que acreditam.
Um exemplo de empreendedorismo e paixão seria de Josiane Cotrim Macieira, cujo cresceu em uma fazenda de café na mineira Manhumirim e, há seis anos, dedica-se à causa da International Women’s Coffee Alliance (IWCA), a Aliança Internacional das Mulheres do Café, em português. Jornalista, mãe de duas meninas, ela trabalhou por muitos anos na área de Comunicação até juntar-se a um grupo de mulheres do setor agroindustrial do café para criar o capítulo da IWCA Brasil, em 2011. Aos 56 anos, Josiane é casada com um embaixador brasileiro e já morou em seis países: Iraque, França, Irlanda, Suíça, Nicarágua e, agora, Noruega.

( Em 2012, durante a feira Espaço Café Brasil)
A IWCA é uma organização sem fins de lucro que foi criada em 2003 a partir do encontro de mulheres da indústria do café dos Estados Unidos e Canadá com produtoras de café na Nicarágua . A metodologia da IWCA é o “success through localization”, quer dizer, através da criação de capítulos nos países produtores e consumidores. Atualmente existem capítulos em 15 países de todo o mundo e diversos outros já manifestaram a intenção de criar os seus.
O surgimento do projeto: nasceu na Nicarágua, cujo foi um encontro de mulheres da indústria com produtoras, em 2003, deu origem a uma organização que hoje conecta mulheres de vinte países com o objetivo de criar oportunidades de aprendizado, contatos e negócios para que elas prosperem com suas famílias. No início de 2010 Josiane foi com amigas nicaraguenses à Guatemala para a Conferência Internacional do Café, evento que a Organização Internacional do Café (OIC) realiza a cada cinco anos. A IWCA teve um painel moderado por Sunalini Menon, pessoa que conhece café como poucas. Nessa conferência, Josiane conheceu várias líderes, inclusive a Mery Santos, hoje presidente da IWCA,e que há tempos ela tentava incluir o Brasil. Margaret Swallow, que também conheceu na ocasião, disse que era impossível falar em café e mulheres sem ter o Brasil.

(Em 2012, durante a feira Espaço Café Brasil; as mulheres da IWCA fizeram história durante o encontro)
Os pontos principais do projeto IWCA são:
Constitui um fórum de conexão e troca de experiências e conhecimentos.
Inspirar e fortalecer as mulheres através do acesso a treinamento, aprendizado e informação.
Defende a redução de barreiras para as mulheres proporcionando acesso a mercados.
Representar as mulheres em instâncias nacionais e internacionais.
Tornar visível o papel das mulheres envolvidas no negócio café.
A visão é dar visibilidade às mulheres em toda a cadeia do negócio café. E a missão é participar e influenciar nas decisões das políticas cafeeiras, incentivar a permanência no campo promovendo o desenvolvimento sócio ambiental, divulgar e valorizar os cafés de qualidade promovendo o desenvolvimento socioambiental, conquistando novos mercados e adicionando valor aos mercados já existentes.
E assim Josiane esta mostrando ao mundo que, sim, há mulheres na cafeicultura brasileira e elas trabalham muito na colheita, na pós-colheita, no barismo, nas cooperativas. Enfim, tornar nossas mulheres visíveis, pois a ideia é que no Brasil a cafeicultura é toda mecanizada e que as mulheres trabalham pouco na lavoura e na colheita. Hoje não há dúvidas de que não é bem assim.
Fonte : http://www.iwcabrasil.com.br/
Comments